“Sinto falta de mim. Daquele velho eu, sabe? No tempo em que o coração era inocente, se achava “independente”. Onde a vida se demonstrava pura e inocente, onde eu pensava mais em mim, no mundo interno que havia em minha mente sóbria. Hoje, vivo pensando em você, como se minha mente vivesse em uma constante ressaca após noites em claro pensando em você, onde drogas não chegam nem perto do seu efeito sobre mim. Parei de me importar com o que os outros falavam de você, parei de dar ouvidos a meu cérebro. Fui caindo nas armadinhas idiotas do coração, passei a gostar de ter a sensação acelerada do meu coração. E a cada dia passei a viciar mais e mais, alguns diziam que eu precisava de tratamento, outros diziam que era apenas questão de tempo para tudo isso passar, que esse amor não ia durar. Eu não me importava, não mais. Eu estava completamente viciada, dopada por você.”
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